24/12
Não tento acreditar nas mesmas farsas
E bebo cada gole do que um dia
Pudesse transformar e não veria,
Enquanto na verdade tu disfarças,
As horas sem sentido tanto esgarças
E geras a total melancolia
Marcando com terror cada utopia
Esperanças migrantes alvas garças.
O canto em consonância não existe,
O mesmo caminhar, minha alma em riste
E o rústico cenário aonde eu possa
Viver sem ter sequer alguma ideia
Do todo que pudera em fronte ateia
E nisto o quanto a vida não foi nossa.
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