segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Assim como os cometas libertários,
Sem dono, sem juízo, sem paragem.
Os olhos que se foram solitários
Embrenham no passado essa viagem.

Vazios corações celibatários
Não sabem, pensam ser qualquer miragem
Perdendo dos seus rios, estuários
Esquecem de beber, do amor a aragem.

Destinos vãos, incertos, solidão...
O quanto tive e nada percebera,
Aos poucos me transformo numa fera

Clausura penso ser a solução.
Mas tendo tua mão sobre o meu rosto,
O peito se tornando, aberto, exposto...

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