A tela ao fim da peça nunca cai,
Palhaço agonizando no cenário.
O velho que pensara samurai
Não passa de imbecil ser temerário.
Algozes dos meus sonhos, os teus lábios
Ressecam com sarcasmo uma ilusão.
A frota sem destino ou astrolábios
Promete neste inferno, atracação.
O inverno recomeça a cada dia,
Amanhecendo em névoas, morto o sol.
Apenas me restou melancolia
A seca vai tomando este arrebol.
As garças vão embora, nada resta,
A solidão adentra em cada fresta...
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