quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Cadáveres que trago do passado
Entranham nos meus versos, degeneram.
O quanto que pensara fosse um brado
Agora os sons diversos desesperam.

Carcaças espalhadas pelas ruas,
Na mendicância crua, esparramada.
Enquanto mansamente continuas,
Não resta dos meus sonhos quase nada.

Apenas um sepulcro dentro da alma,
Vestígios do que fomos, vãos carinhos.
Colecionando dores, vivo o trauma
Da solidão imensa em nossos ninhos.

Assídua tempestade não se vai,
A tela ao fim da peça nunca cai...

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