Saudade num vazio se traduz
Vontade de pular do precipício
O quanto a vida nega em força e luz
Não deixa que se entenda a dor em vício.
Crisântemos morrendo em meu jardim,
Hemorragias lentas e constantes
Matando o quanto a vida trouxe assim,
Os olhos penitentes e farsantes.
Não quero mais viver tanta saudade
Espinhos que espalhaste em cada andança
Viúvo de mim mesmo, a treva invade
Cruentas sensações, desesperança.
Ao ver a tua foto sobre a mesa,
O rio nega a foz e a correnteza...
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