quarta-feira, 23 de março de 2022

Eu bebo toda angústia em perdição
No quanto que me negas, envenenas.
Amor se decifrando em turbilhão,
Carícias e mentiras todas plenas.

Apenas o que sonho e não traduzo
Encontro nos teus olhos, mil néons,
Olhares que distantes reproduzo
Momentos tão diversos, vários tons.

Revelas em teus lábios primaveras,
Porém depois de tudo, colho invernos.
Refém dos desenganos mansas feras
Modelos diferentes, mesmos ternos.

Remendos que provocam mil presságios
Vagando em tempestades, sei naufrágios...

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