terça-feira, 1 de novembro de 2022

Trigais entre diversos sonhos vãos,
Mergulho nos meus ermos, nada veio
E o tempo se desenha em tal receio
Matando em ledo aborto tortos grãos
Os olhos se traduzem noutros nãos
E o passo se presume em devaneio
O quanto recolhesse sem receio
Jamais fecundaria os duros chãos,
Esqueço qualquer passo e sigo em volta
Da luta que traduz medo e revolta
Soltando esta palavra em vento e medo,
Ao corte mais atroz já me entregando
O mundo se mostrara desde quando
Apenas ao vazio eu me concedo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário