segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Ouvisse quem me clama e não escuto
Ainda quanto pude noutra sanha
Vencer a solidão desta montanha
E sei que tão somente ora reluto
O passo se desenha e sendo astuto
O corte se aprofunda enquanto lanha
A luta no final já não se ganha
O mundo se traduz e sei que é bruto.
Jogado pelos ermos do caminho
O tempo noutro tempo eu adivinho
E sigo sem saber qualquer alento,
Do pouco ou quase nada que me resta
A vida se permite em nova fresta,
Mas também traz ao fim o sofrimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário