quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Um dia sem resposta, a noite vaga
O corte se apresenta feito escara
E o nada na verdade se prepara
Enquanto a solidão aumenta a chaga,
Esgoto o quanto possa e já divaga
Uma alma sem sentido em tal seara,
Apenas o vazio se prepara
E o medo transformando inteira a plaga,
Aplaco com ternura o verso em vão
E sei do meu caminho em direção
Ao nada muitas vezes sem sentido,
Do parto sem proveito, apenas isso,
O sonho sendo audaz e movediço
O canto num momento ainda ouvido.

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