sábado, 5 de novembro de 2016

05/11


Agônica expressão de luz e treva
Deixando velhas marcas no caminho,
Ainda quando a vida nada ceva
Encontro o meu anseio mais daninho
E bebo o que pudera ser sozinho
Navego enquanto a sorte também neva
A noite que se faz rude e longeva
O tempo se emoldura em cada espinho,
Resulto desta farsa e vejo apenas
O quanto na verdade me condenas
Ousando noutro engodo ou muito aquém
Do todo que se mostra impunemente
E sei do quanto possa e sempre tente
Sabendo que ninguém já me contém...

Nenhum comentário:

Postar um comentário