domingo, 17 de dezembro de 2017

17/12

Reúno meus momentos de alegria
E vejo a solidão que se desenha
O tempo na verdade sempre venha
Matando o quanto possa e mais teria
Versando sobre a noite imensa e fria
O mundo contradiz e desta ordenha
O canto se anuncia e nada tenha
Somente a mesma face em agonia,
Restando muito pouco ou quase nada
O vento noutro rumo, novo norte
A luta em tais horrores não suporte
Quem tanto se propõe, mas já se evada
A sina mais atroz, neste vazio
Traduz o quanto tenho e mal desfio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário