domingo, 30 de setembro de 2018

Olhando para trás já nada vejo,
Somente o que pudesse ter em nós
A luta se desenha e sei do atroz
Momento onde decerto em dor dardejo,

Apenas desenhasse em vão desejo
O quanto do meu canto fora algoz
Marcando com temor o já feroz
Anelo; aonde o trago mais sobejo.

Esvaio gota a gota, morro assim,
Deixando para trás o quanto em mim
Pudesse traduzir em nova luz,

Depois de tantos anos; solitário
A vida noutro claro itinerário
Apenas o vazio reproduz.

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