sexta-feira, 12 de abril de 2019

Os párias entre os ermos desta rua
Vagando sem sentido noite afora,
A lua que deveras nos decora
A sorte sem saber de nada autua

E banca com temor e continua
Enquanto a solidão teima e devora
O passo sem proveito desancora
E a morte noutro engano se cultua.

Esqueço dos meus dias e mergulho
Vestindo em tal sangria em pedregulho
O olhar que na inclemência se fez farto,

Um ébrio caminheiro em noite escusa,
O quanto cada passo se entrecruza
Sonega o que pudesse ser um parto...

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