10/08
Não tente acreditar no que te digo
O manto se rompera, tão puído
E o verso noutro tom já dilapido
E sei do quanto possa haver comigo.
Cerzindo o dia a dia em desabrigo
Apenas o que aprendo agora olvido
E sinto o mesmo sonho, distraído
Negado o quanto tente além perigo.
O medo não produz ressentimento
Nem mesmo o que garanto agora invento
Gerando o meu anseio em rude face,
A luta se moldara mais dispersa
E quando na saudade o tempo versa
Somente este vazio se mostrasse.
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