terça-feira, 25 de agosto de 2015

Não vejo e nem pudesse acreditar
No canto sem sentido do passado
Aonde o meu caminho acorrentado
Ousasse noutro tom se desvendar,

Apenas o que trame em tal lugar
O leme há tanto tempo destroçado
E o verso que pudera anunciado,
Já nada me trouxesse em vão lutar,

Acordo e não revendo os meus enganos,
Somente se expressando em rudes danos
Os anos mais felizes; não revejo,

E quando a sorte mostra ser lampejo
Os dias são deveras tão atrozes
Negando o que pudessem nossas vozes.

Um comentário:

  1. O CORAÇÃO AINDA ACORRENTADO


    Os dias são deveras tão atrozes,
    A minha vida esvaindo-se entre os dedos...
    Na escuridão da dúvida: meus medos!
    Os meus anos se vão assim velozes!...

    São tantos vãos olhares, quão algozes!
    Querendo revelar os meus segredos,
    ao desvelar as tramas dos enredos
    e então, ouvir os sussurros das vozes...

    No interior a minh' alma vai nua...
    O meu amor, tal garantia tua.
    A nossa dor, um tema do passado!

    O coração ainda acorrentado
    persegue ao querer uma nova chance,
    e espera enfim, que noutro passo avance!...

    SOL Figueiredo – 25 de agosto de 2015 – 19h.

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