Jogado pelas ruas, vou inquieto
Num etílico anélito presumindo
Um pária desdenhado; à morte eu brindo
No tempo onde o quisera em paz completo.
E quando no não ser hoje repleto
Traçando o que pudera ser infindo,
Ainda se desnuda e então me blindo
Buscando sem sucesso algum afeto,
Crisálida que a vida aborta e traz
Apenas num momento mais mordaz
O caos sem ter sequer qualquer alento,
Bebesse da esperança invés do gim
Quem sabe até pudesse ter no fim,
O quanto tanto quero e; inútil, tento.
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