quinta-feira, 14 de junho de 2018

Abandonando ao léu a velha estrada
Por onde poderia ter no olhar
A força de talvez já se mostrar
Ainda que deveras sempre evada,

Não tento outro cenário na alvorada
Nem mesmo assim pudesse desenhar
A sorte noutro rumo a desnudar
Deixando cada fase abandonada,

Esgoto meu futuro sem proveito
E quando no final a morte aceito,
Entranho nos espíritos dispersos,

E vasto caminhar contra as marés
Olhando para a sorte de viés,
Jogando no vazio os duros versos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário