sábado, 9 de junho de 2018

Na asperidade sinto o que se traz
Marcando com temor o quanto é rude
O tempo que em verdade não mais pude
Embora o desejasse mais audaz,

O canto na verdade velho antraz
Matando a mais sublime juventude,
Levando para além minha saúde
E o corte se moldasse mais mordaz,

Já nada caberia nem a sorte,
Tampouco o que pudera e me conforte,
Apenas desenhando o nada em mim,

Depois de certo tempo o quanto possa
Trazendo em todo olhar a mera troça
Ditame sem sentido e morto, enfim.

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