O verso se sonega
No passo sem proveito
E quanto mais aceito
Percebo a sorte cega,
E sei do que navega
O mundo em ledo pleito
Vencida de tal jeito
Esta alma em nada apega,
Vestindo a mesma sorte
Trazendo em paz a morte
No olhar já sem caminho,
Meu verso se iludira
E tanto em vã mentira
Encontro o mais mesquinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário