sábado, 12 de outubro de 2019

O que jamais eu poderia ver
Depois de tanto tempo solitário
O barco naufragando, itinerário
Tragado pelo etéreo renascer,

E quando se aproxima amanhecer
O mundo cobra além seu honorário
E o canto se anuncia temerário
Fazendo cada canto padecer

Expresso esta verdade em tom cruel
E sei do quanto possa em meu papel
Ao léu sem direção, seguindo o vento,

Meu verso se trajando deste luto
Ainda quando possa em vão reluto
Deixando no passado o sentimento...

Nenhum comentário:

Postar um comentário