O que jamais eu poderia ver
Depois de tanto tempo solitário
O barco naufragando, itinerário
Tragado pelo etéreo renascer,
E quando se aproxima amanhecer
O mundo cobra além seu honorário
E o canto se anuncia temerário
Fazendo cada canto padecer
Expresso esta verdade em tom cruel
E sei do quanto possa em meu papel
Ao léu sem direção, seguindo o vento,
Meu verso se trajando deste luto
Ainda quando possa em vão reluto
Deixando no passado o sentimento...
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