07/12
Negar a própria sorte e ver após
A senda aonde um dia quis a paz,
A vida noutro instante se desfaz
E deixa já calada a minha voz.
Enfrento a insensatez dos tantos pós
E bebo o descaminho mais voraz,
Apesar se saber o quanto audaz
Jamais enfrentaria firmes mós.
A rude face molda outro cenário
E sei do meu momento solitário
Erguendo o velho sonho no vazio,
E quanto mais pudesse acreditar
A luta não presume o navegar
E mata em nascedouro o frágil rio.
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