30/12
No prazo que esta vida determina
O manto se rasgando, sou remendo
E tanto quanto possa não desvendo
Nem mesmo a falsa senda cristalina.
Um verso se anuncia e desatina
Matando com tal sonho o mundo horrendo
Que possa presumir e não se vendo
Sequer o quanto tente e me fascina,
A luta se estendendo para além
O tempo quando enreda e não mais vem
Expressaria o fim quando retenho
Os olhos no que possa em raro empenho,
Traçando cada passo rumo ao fim,
Morrendo sempre um pouco dentro em mim.
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