terça-feira, 28 de abril de 2015

28/4

Opaco sentimento, torto sonho
Gerando dentro em nós esta emoção
Vagando sem sequer a precisão
Do todo que deveras recomponho,
Ousasse acreditar e não me oponho
Vestindo com beleza esta estação
Vivendo mesmo quando fosse em vão
Um tempo tanto rude quão bisonho.
Amar e ser feliz? Já não consigo,
O tempo se produz aquém do trigo
Que tanto necessito em mantimento,
E nesta mesma ausência de colheita
A vida noutro tanto se deleita
E mesmo contra a sorte o rumo eu tento.

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