Não vejo e nem pudesse acreditar
No canto sem sentido do passado
Aonde o meu caminho acorrentado
Ousasse noutro tom se desvendar,
Apenas o que trame em tal lugar
O leme há tanto tempo destroçado
E o verso que pudera anunciado,
Já nada me trouxesse em vão lutar,
Acordo e não revendo os meus enganos,
Somente se expressando em rudes danos
Os anos mais felizes; não revejo,
E quando a sorte mostra ser lampejo
Os dias são deveras tão atrozes
Negando o que pudessem nossas vozes.
O CORAÇÃO AINDA ACORRENTADO
ResponderExcluirOs dias são deveras tão atrozes,
A minha vida esvaindo-se entre os dedos...
Na escuridão da dúvida: meus medos!
Os meus anos se vão assim velozes!...
São tantos vãos olhares, quão algozes!
Querendo revelar os meus segredos,
ao desvelar as tramas dos enredos
e então, ouvir os sussurros das vozes...
No interior a minh' alma vai nua...
O meu amor, tal garantia tua.
A nossa dor, um tema do passado!
O coração ainda acorrentado
persegue ao querer uma nova chance,
e espera enfim, que noutro passo avance!...
SOL Figueiredo – 25 de agosto de 2015 – 19h.