Aquém do que inda esperas noutra cena
A luta não desenha mais um rumo,
E o quanto se pudesse e não aprumo,
E a vida na verdade me condena,
Nem mesmo a solidão tanto serena,
Vagando no final, já não resumo,
E trago novo mundo em raro sumo,
E a sorte se desdenha e me condena,
Apenas nada trago e sigo assim,
Marcando com temor o quanto em mim
O prazo terminando nada diz,
Meu canto sem razão e sem remédio
Desenha no final apenas tédio
E deixa o céu amargo, frio e gris.
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