Das pútridas panteras do passado
Escárnio em meio ao quanto ainda resta
E o tempo desenhando a mais funesta
Verdade no que tanto tento e evado,
Meu rumo tantas vezes degradado,
A luta não se molda além da fresta
E o quanto do passado ainda empesta
Quem vive noutro tempo anunciado.
Espero o meu caminho sem sinal,
E vendo outro cenário mais venal,
Apenas sentiria o fim de tudo,
Meu canto sem valia e sem proveito
Renega o que em verdade não aceito
E neste delirar eu me transmudo.
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