Moldada num escárnio a minha dita,
Jamais se transformando em redenção,
Apenas outros dias me verão
E a sorte noutra face necessita
A vida que pensara qual pepita
Transborda na temida ingratidão
E molda a cada dia a solidão,
E nisto no vazio se acredita,
Asilo dentro da alma uma esperança
Exilo para além qualquer caminho,
E sei do meu futuro mais daninho,
Enquanto o tempo atroz, agora avança
Matando o que restara dentro em mim,
Acende da mortalha este estopim.
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