sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Narcotizado sonho em vão eu trago
E bebo cada gota da aguardente
Aonde a solidão tanto freqüente
Deixando para trás o rumo vago,
E quantas vezes tento e se me afago
O manto se traduz mais plenamente
E o corte no final já se apresente
Traçando o quanto quis em sujo lago,
Escândalos diversos, agonia
O canto sem limites se faria
E o caos degenerado em luz e medo,
Dos tantos que pudera, por ventura
A vida se desenha e me tortura
Dos sonhos mais gentis, triste arremedo.

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