sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Ouvir o mar bramindo em plena areia
Na movediça espera por alguém
Que tanto quanto pode já não vem
E apenas solidão toma e rodeia,
A vida sem sentido, segue alheia
O corte se traduz nalgum desdém
E quando da esperança sou refém,
A lua jamais vira enorme, cheia,
Espero após a curva uma surpresa,
Mas sei que da ilusão sou mera presa
E nada se desenha no horizonte,
Apenas o vazio onde se dera
A falta do que fosse primavera
E o tempo noutro rumo desaponte.

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