terça-feira, 27 de setembro de 2022

Quedando sem ninguém em noite vaga
O passo se perfila sem sentido,
E o quanto do passado ainda olvido
No corte feito em dor, cruel adaga,
O peso desta vida que se traga
Na fonte ou no engodo resumido,
O prazo exterminando o que divido
E o pensamento tolo em vão divaga.
Acrescentando ao nada que hoje sou
O pouco que em verdade me restou
Já nada mais consigo senão isto:
Meu mundo desabando a cada instante
E o fim deste cenário se adiante
E sem porto seguro, enfim desisto.

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