terça-feira, 13 de dezembro de 2022

"O que é amargo ao escravo é doce ao enamorado"
Santo Agostinho

O amor que nos domina escravizando
Traduz esta prisão rara e bendita
E nisto em todo passo se acredita
No todo noutro rumo se moldando,
Transforma o mais terrível neste brando
Cenário aonde a sorte necessita
Do quanto poderia e não mais grita
Deleita-se decerto em tom infando,
Senzalas deste olhar num horizonte
Somente aonde o tempo sempre aponte
Algemas bem mais firmes nos atassem,
E os sonhos em comum, são libertários
E mesmo quando expostos aos corsários
Mais forte que ilusões sempre falassem.

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