quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

"O que sou de verdade, o sou em minha intimidade"

Santo Agostinho

Desnudo no meu quarto, neste espelho
Vislumbro a minha face verdadeira
Ainda quando o encanto vário eu queira
O passo se desvia do conselho,
O templo onde devera me ajoelho
A solidão que trago por bandeira
A luta tantas vezes costumeira
O sangue mesmo azul segue vermelho,
No olhar sem horizontes, se percebe
A dura sensação da escusa sebe
Vencida pelos erros de quem tenta
Ao disfarçar com falsas impressões
E nelas outras tantas tu dispões
Enquanto a alma decerto é mais sangrenta.

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