domingo, 25 de dezembro de 2022

"Pouco importa quanto tens, o que importa é o que tu és"

Santo Agostinho

O quanto na verdade ora apresentas
No fundo não diz nada e nem pudera
No olhar da perigosa e louca fera
As sendas não seriam tais tormentas,
E quando no final não apascentas
E marca com terror o que se espera
Trazendo noutro rumo a primavera
Palavras que me dizes, violentas,
Os ermos de uma vida em solidão
Talvez da mais temível sensação
De algum poder escuso e nada mais,
Quem és dita a verdade de tua alma
A doce sensação que tanto acalma
Aplaca os mais danosos temporais.

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