17/04
Não mais acreditasse no que um dia
Pudesse ser além do quanto ateste
O mundo que se fez em rude peste
E mata esta incerteza em agonia,
O vento noutro tom expressaria
O quanto a própria vida não empreste.
Mas vendo imensidão do ser celeste
O tempo se desenha em tal magia.
Etéreos passageiros do passado
Olhando para escombros já desfeitos,
Das vastidões imensos vagos leitos
Ditando o quanto agora mesmo invado.
Fantasmas neste espaço rebrilhando
Estrelas fugidias, ledo bando.
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