As mãos seguem vazias, nada pedem,
Esperam tão somente por milagres.
Dos sonhos que já tive, as bases cedem
Meus vinhos se transformam em vinagres.
A carne se esvaindo em tantas rugas,
A porta se fechando a cada dia.
Impossibilitando minhas fugas,
Amordaçando a voz da poesia.
Catando o que restara, assim de mim,
Encontro meus escombros nas caladas.
Não tendo primavera em meu jardim,
As roupas da esperança estão mofadas.
O riso em ironia de um canalha,
Tomando a minha senda já se espalha...
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