quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Tomando a minha senda já se espalha
Amarga e tão temível, dura praga,
No fio em que se mostra tal navalha,
A mão que me tortura, vem e afaga.

A saga continua a cada dia,
Arcando com meu peso, não sustento
O sonho de beber da fantasia
Morrendo, vai matando o sentimento.

Esboço, ao fim, alguma reação
Mas nada impedirá terrível sorte,
A vida me tomando em podridão
Prepara sutilmente a minha morte.

A flor que sem pendão jamais granou,
Apenas, os desertos espalhou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário