sábado, 4 de julho de 2015

04/07

Se dentro d’alma tua apenas neva
E a vida para ti parece um fardo,
Perdida n’horizonte qual um dardo
Longe atirado contra a densa treva...

Se o mundo a ti parece triste e pardo,
E a solidão mantens em tua ceva,
Bem sabes que, da vida, não se leva
Nem mesmo a lira que tocaste, ó, bardo!

Se a luta é muito grande e te excrucia,
Viver é dom, é pura travessia,
E, feito a lua, tem as suas fases...

Se os caminhos são demais mordazes,
E a morte tem as garras mui vorazes,
Tu tens as asas ágeis da poesia


Edir Pina de Barros


Ousasse num momento mais audaz
Viver o quanto tente ou acredite,
Ultrapassando assim qualquer limite
Bebendo o quanto em sonhos satisfaz,

O verso se mostrara mais capaz
Akhenaton encontra em Nefertite
O encanto de uma deusa, uma Afrodite
E o todo se transforma além da paz.

O canto em poesia sem fronteiras
Penetra constelares e se queiras
Adentra em infinitos sem igual.

E a cada verso tento muito além
Do quanto na verdade a vida tem
Criando em fantasia um Taj Mahal.

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