13/07
Não mais me caberia qualquer sonho
Tampouco o quanto pude no passado,
O vento noutro rumo demonstrado
E o prazo que deveras mal componho,
Reparo o que seria ora enfadonho
E bebo o mesmo gole desejado
E sei que na verdade se me evado
Apenas outro tanto recomponho.
Negar o quanto venha de uma sorte
Diversa e que deveras não conforte
Quem tenta na expressão bem mais suave,
O gesto em intenção não mais se expresse
E tento acreditar na mesma prece
Que ao menos noutro tom jamais agrave.
UM SONHO SONHADO
ResponderExcluirNão mais me caberia o mesmo sonho,
Se o tal luar apagou o passado,
E o vento levou meu sonho sonhado,
Deixando-me num céu assim tristonho!...
Meu mundo nada perfeito, enfadonho,
Sem sonhar com um amor tão desejado,
Quão caminhei sem ter nem demonstrado
O quanto então amei, por ora exponho!...
Meu passo noutro passo fora a sorte,
Mas joguei fora. Outrora soou forte,
Lá dentro desse pobre coração!
Que ao menos noutro tom já bem mais grave,
Acalente minh' alma tão suave
E cale a dor de meu vazio, então!...
SOL Figueiredo – 14 de julho de 2015 – 10h.