segunda-feira, 13 de julho de 2015

13/07


Não mais me caberia qualquer sonho
Tampouco o quanto pude no passado,
O vento noutro rumo demonstrado
E o prazo que deveras mal componho,

Reparo o que seria ora enfadonho
E bebo o mesmo gole desejado
E sei que na verdade se me evado
Apenas outro tanto recomponho.

Negar o quanto venha de uma sorte
Diversa e que deveras não conforte
Quem tenta na expressão bem mais suave,

O gesto em intenção não mais se expresse
E tento acreditar na mesma prece
Que ao menos noutro tom jamais agrave.

Um comentário:

  1. UM SONHO SONHADO


    Não mais me caberia o mesmo sonho,
    Se o tal luar apagou o passado,
    E o vento levou meu sonho sonhado,
    Deixando-me num céu assim tristonho!...

    Meu mundo nada perfeito, enfadonho,
    Sem sonhar com um amor tão desejado,
    Quão caminhei sem ter nem demonstrado
    O quanto então amei, por ora exponho!...

    Meu passo noutro passo fora a sorte,
    Mas joguei fora. Outrora soou forte,
    Lá dentro desse pobre coração!

    Que ao menos noutro tom já bem mais grave,
    Acalente minh' alma tão suave
    E cale a dor de meu vazio, então!...

    SOL Figueiredo – 14 de julho de 2015 – 10h.

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