domingo, 26 de julho de 2015

28/07


A cada novo engodo outro jazigo
E a vida se proclama de tal sorte
Que tanto quanto possa e não conforte
Expressa o quanto quero ou já nem ligo,

Apesar de viver o que consigo
Numa vontade atroz, num ledo norte
O verso semeando o que comporte
Da morte noutro tom bebo o castigo.

E sigo sem temer o quanto possa
A velha solução jamais é nossa
E endossa cada engano quando o medo

Presume na incerteza o que veria
Gerando dentro da alma esta ironia
Que tanto quanto possa enfim concedo.

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