07/07/15
Renascendo!
Se a vida fez-me um dia, todo prosa
E ora faz-me, urrar de tanta dor
Pra outrem, seja causa de estupor
Eu sinto-a, como fosse, cor de rosa
Estou apto, para galgar esta prova
Sou um trapo, e to cagando pra desdita
Se a vida foi-me outrora mais bonita
Hoje na morte, dolorosa, se renova
Não! Não serei eu, um coitadinho
Sozinho sou, o maestro, e a orquestra
E nem tentar, quebrar a viga mestra
A balançar na corda, vil, mesquinho
Se esta fase deu-me tanto, não duvido...
Que a outra, me de mais, que hei sofrido
Cesar Cassemiro Liczbinski
Jamais imaginei que a sorte após
A queda neste infausto me traria
O tom bem mais suave da utopia
Numa esperança a viva e clara voz.
O quanto se transforma e nos nós
Unindo o que inda venha e o que teria
Refaz ao renascer esta magia
Que nos permite além de qualquer foz.
Riacho do passado se agiganta
E as lágrimas levando para além
Na imensidão do mar a força tanta
Salgada pelas dores do passado
E o todo que em fortuna sempre vem
Valendo cada dia amargurado.
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