21/07
Enquanto tanto amaste e me perdi
Vagando em noite escusa, vida afora
O tempo noutro tom já me apavora
E a sorte sonegando em frenesi,
O verso que deveras presumi,
A fonte se secando sem demora,
E o tanto que se molda enquanto explora
Matando o quanto tenho inda de ti.
Não possa mais seguir tal descaminho
E quando noutro tom diverso alinho
Meus passos se perdendo sem descanso,
E sei que após a luta sem promessa
Apenas outro tempo recomeça
E nada do que eu queira, ainda alcanço.
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