09/01
Já não mais poderia ter nas mãos
Sequer o quanto fosse meu passado
E agora quando vejo abandonado
Jogado sem cuidado pelos chãos
Entendo o desencanto destes vãos
Anseios e persisto lado a lado,
Tentando agradecer, porém meu Fado
Espalha pelas cevas podres grãos,
Pudera acreditar noutro momento
E mesmo quando o fato ainda tento
Não tenho nem sequer alguma luz,
Apenas demarcando minha vida
Na sorte tantas vezes dolorida
Que ao nada a cada instante me conduz.
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