28/01
Não quero o que se faça como outrora
O vento após o tempo mais sutil
E o verso noutro engano repartiu
O todo sem saber sequer demora,
A vida noutro engodo me apavora
E sei do quanto possa e se previu
Vagando sem saber por onde viu
O corte que deveras desancora.
Já não comportaria qualquer luz
Quem pensa no vazio e se produz
Ousando acreditar na mais diversa
E rude dimensão da mesma vida
Que há tanto se perdera e se decida
Enquanto a própria luta desconversa.
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