domingo, 26 de junho de 2022

Escaldas com teus nãos o meu caminho
E matas ilusões em noites vagas
E quando desenhara em mim tais plagas
Presumo o meu final, sempre sozinho.
O mundo se transforma e neste espinho
As sortes, desatinos onde alagas
Os medos e as mortalhas; não me tragas
Deixando para trás o que adivinho.
Escondo meus momentos e mergulho
No ocaso em solidão; nada vasculho
E vejo imerecido caos no fim,
A vida desenhada em pedregulho
Inutilmente guardo em turvo orgulho
O quanto ainda resta dentro em mim.

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