sábado, 25 de junho de 2022

Não veja mais a foto do passado
Guardada nas gavetas da esperança
E quando a solidão enfim me alcança
O canto se desdenha em ledo brado,
Apenas o meu rumo enquanto invado
Da morte a mais sincera confiança
E nada do que pude agora avança
E o manto já puído e degradado.
Levasse para além cada momento
E nisto sem certeza desalento
Meu verso sem sentido e sem proveito,
Ainda quantas vezes; imagino
As duras fantasias, meu destino
Aonde sem sentido algum me deito.

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