quinta-feira, 2 de junho de 2022

Levando dentro da alma a poesia
Que tantas vezes traça e mesmo apóia
Gestando no naufrágio rara bóia
Aonde o meu caminho aportaria,
Vestindo esta diversa alegoria
O canto se aproxima e quando a jóia
Traduz o que pudesse em paranóia
Sonega no final a fantasia.
Hedônico caminho sem sentido
O passo enquanto o rumo dilapido
Esgota cada engodo por si só,
Dos ermos mais atrozes da esperança
A vida no final já não alcança
Sequer o quanto pôde em vago pó.

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