Amor amortalhado em cada praça,
Vendido nas esquinas e motéis.
O jeito que se dá já não disfarça
Secando em amargura, velhos méis.
O mês que se passou, ano que vem,
O tempo nada muda, só repete
Nos olhos refletindo este ninguém
No fio da navalha ou canivete.
Jogada nas senzalas, a esperança
Estritamente cega não vê nada.
Matando no princípio, a temperança
Em mão sem ilusões já desarmada
O quanto que sonhamos... idiotas
Amor já capotando em novas rotas...
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