Deixada há tanto tempo, na saudade,
A luz que se pensara redentora.
A gralha vai negando a liberdade
Crocita sempre aqui, não vai embora.
O lobo que em matilhas segue a caça
Prepara em noite escura o seu ataque
Trazendo em agonia a velha traça
Busca o melhor momento para o saque.
Capacho de si mesmo, homem algoz
Estampa em sua face a fome insana,
O bote que se dá bem mais feroz,
Demonstra a dura espécie desumana.
Quem dera amor raiasse na manhã,
A vida não seria torpe e vã.
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