Divinas explosões; doces e amenas
Espocam nesta noite maviosa
Aguçam dos vizinhos as antenas
E deixam toda a rua em polvorosa.
Felizes dois amantes, dança e festa
Melindres são deixados porta afora
O fogo que se espalha cedo atesta
Do quanto amor nos cura e revigora.
Chacoalha a nossa cama, arrasta os pés
Bagunça o meu coreto em reboliço.
O barco soçobrando o seu convés
Prenunciando o gozo que cobiço.
Atiro-me em teus braços, trapezista,
Sem ter seque platéia que me assista
Nenhum comentário:
Postar um comentário