Amor vai tropeçando, estabanado,
Sarcástica ilusão, vil covardia.
Andando o tempo inteiro, baseado
Na antiga sensação de galhardia
Eu vejo em ironia o quanto ris,
Fantasmas de mim mesmo pela sala.
Do todo que pensara ser feliz
Apenas a minha alma, vã vassala.
Na vala da esperança, uma sarjeta
Esgoto toda a sorte num momento.
Quem dera se eu pudesse, qual cometa,
Liberto receber o doce vento
Que morre bem distante desta cena,
A mortandade segue amarga, amena...
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